“Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento da nossa condição hídrica ainda muito modesto, mas temos condições de chegar, depois do verão, em condição de avaliar a volta desta política [para o ano que vem]”, acrescentou.
“O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro e o custo-benefício seria muito pequeno”, explicou o ministro.
Fonte de energia
Silveira relembrou que a principal fonte de energia da matriz elétrica brasileira é a hidrelétrica. “Graças a algumas medidas de planejamento feitas durante um ano, conseguimos chegar com nossos reservatórios a índices de resiliência que nos dão certa tranquilidade”, garantiu. “O Brasil é um país que ainda tem, na sua grande maioria de força, energia firme [produzida em um período crítico com as piores condições de escassez], modal de energia hídrica, em especial por causa das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e grandes usinas que foram construídas nos dois mandatos do presidente Lula: Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – que reforçaram muito nossa segurança energética nacional”, assegurou.
“Tivemos o maior zelo e cuidado de fazer esse debate, tanto com os maiores especialistas do Brasil, do setor elétrico, quanto com nossos auxiliares das vinculadas, assim como o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reuniu durante dez vezes, nos últimos 45 dias, para discutir a efetividade e a imprescindibilidade da decretação do horário de verão”, complementou.
Alexandre Silveira também afirmou avaliar a política do horário de verão como instrumento importante para assegurar, especialmente nos momentos de sobrecarga na ponta e transição energética, o crescimento das energias intermitentes. “Perdemos carga de energia solar no fim do dia, o que aumenta a ampliação do uso das energias e, consequentemente, aumenta o despacho de energia térmica”, disse.
O horário de verão brasileiro foi instituído em 1931. Seguiu sendo adotado de forma irregular até 1985, quando passou a ser implementado sistematicamente, com a justificativa de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica e beneficiar setores de lazer e consumo como o turismo, comércio, bares e restaurantes a partir do melhor aproveitamento da luz natural.
Fonte: Agência Gov